11 maio 2010

JOSÉ INÁCIO VIEIRA DE MELO



CÂNTICO DOS CÂNTICOS


Que as tuas nádegas aventureiras estejam abertas
para o poema em linha reta que te ofereço,
que a minha escrita torta e avessa
chegue linheira na olaria de tua carne
e ardas e ardo neste morno forno
das tuas nádegas tão abundantes.

Das tuas nádegas tão montanhosas
o horizonte é mais macio e a minha linguagem
saboreia o mel do fel que trazes
e de teus olhos gemem os arco-íris
e teu corpo todo é um esplendor, uma assombração
e quanta delícia anunciam teus arrepios
e tuas nádegas aventureiras tão venturosas
são uma tempestade de emoções.

Que idioma mágico que tu inventas
quando me aventuro por tuas nádegas
e me perco profundamente e profundamente
me encontro na plenitude cega que tudo enxerga
e profundamente me encanto cantando uníssono
neste nosso idioma o novo cântico dos cânticos.

3 Comments:

Anonymous Maria Odete Olsen said...

Caramba poeta, vc não tem dó hem...tua palavra tá cortando mais que lâmina. Parabéns. bjo

13 maio, 2010 07:28  
Anonymous Jane Blunck said...

Minha nossa! Ainda bem que tb tem poesia no silencio, me calo diante desse idioma erotico. Parabens!! Confesso que vc me surpreendeu poeta.
Abraços, J

14 maio, 2010 05:44  
Anonymous Anônimo said...

Olá: gostei como costume dizer para o poeta qualquer coisa serve para fazer poesia, o poeta nunca erra apenas escreve aquilo que não existe, ou pode mesmo existir.
Um Abraço
Santa Cruz

17 maio, 2010 10:36  

Postar um comentário

<< Home