24 maio 2008

Ana Cristina Souto


Feitiço das mágoas



Aquele homem
Cujos pilares gregos
transitava meu caminho
e fitavam-me
os olhos
abrigo de luas,
se foi!

O bambual chorou,
palavras fraturaram almas.
Enegrecido o sol
dos pomares...

Meu senhor,
meio seio secou!

O rio da saudade
rio/ enchente/ fel
amargou a imagem dos narcisos.

Urdia o tempo
e nuvens,
vestígios do meu pranto rarefeito
prenunciavam cantos das trombetas.

Enfeitiçada pela dor;
estátua de ilusões
por onde tantos passavam,
os passarinhos se aninhavam às mãos.

Meu senhor,
em desassossego
entre sais, ventos e sóis
trago-te a mim,
aclamando
ao tomento meu
de morta viva.

6 Comments:

Blogger O que Cintila em Mim said...

Cris vamos já mandar telegrama para esse Hercules. Uma moça linda como vc não pode ficar triste.

Belíssimo poema!

01 fevereiro, 2009 18:53  
Blogger docerachel said...

Cristina não me diga que parou de poetar!
Vem trazer de volta suas palavras engastadas em pérolas...

14 fevereiro, 2009 08:28  
Blogger Erico Baymma said...

OI "Ana",
Que bom... começo a conhecê-la!
Lindo poema!
Bj

28 abril, 2009 15:02  
Blogger josé leite netto said...

Ana Cristina,

lindo poema. Gostei muito.


abraços

01 maio, 2009 07:24  
Blogger Danny Marks said...

Minha Princesa,

Sempre deliciosa de se ler.
E no seu aniversário me atrevi a roubar um presente,poemas seus que apresentei no meu blog.

Só pra ter você mais perto.

Beijos Mágicos

01 junho, 2011 11:55  
Blogger Aroeira said...

olha, muito muito bom. depois volto mais.

15 julho, 2011 11:40  

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