21 setembro 2006

Giselle Marques


A REFLE TIDA DO NÃO


Reflete o espelho azul na parede erva-doce
Cúmplice de apertos e mordidas
E puxões, cabelos, cabeça gigante
Há tempos não vista por aquelas bandas
Por aquelas bandas de dois lados
Direito e esquerdo
Macio, áspero, remédio amargo
Que funciona com kiwi e lima da pérsia
E músculos, e músculos, e músculos
Pedra, pau, pedra, pau, puxa vida!
Lutam tatuagens de henna no cérebro desejoso
De um dia diferente do outro.
O laço é desfeito, há laços sem nós
A necessidade é rarefeita.
Volúvel a vontade do beijo de bafo
Volúvel à vontade no beijo da vida
Não há regra, não à regra
Nem constatações, nem mentiras
Muito menos verdades.
Não às perguntas
Indiscretas.
Não às declarações
De posse.
Posso?
Não ao veneno que inventa
Inimigos ocultos e íntimos.
Não, não e não;
Reflito então sobre...
O sim!