Ana Cristina Souto

Espreita-nos o pôr-do-sol
em nossa contemplação.
Das palavras mutuamente sussurradas
em que tornam-se imortais nossos instantes
de plena ternura intemporal.
Um fim de tarde perfeita!
Nossos braços entrelaçados
jurando promessas infindas
do mais doce e sereno amor;
Onde os risos eram uma melodia
e os beijos permutados e ininterruptos
nos padeciam num delírio de nirvanas.
Caminhávamos sobre corais e musgos;
jogávamos pedrinhas ao mar
e elas viravam pequenos corações
Escorrego e enrosco-me em teu peito;
- Ávido de trajetos e incertezas -
e sinto teu coração que transborda de universo
em lentos compassos de espera
transportando-me ao portal do paraíso perdido.
Nossos devaneios comedidos
são segredos glaciais de almas supremas
que somente nos sonhos dos amantes
entregam-se aos mantos azuis de aspirações
que faz-nos inexatos –
Mas nesse momento, nada importa!
Já que é úmido o orvalho que mata nossa sede.
Tua presença inebria-me
tua mão estendida à minha
remete-me à primavera do sertão;
A aridez do desejo.
O silencioso milagre da Natureza
e as folhas murmurando recitais
de culto ao nosso amor.
A chuva amena rega
aqueles botões de rosas
que distraidamente tu roubas
e enfeitas os meus cabelos;
E a brisa levemente exala um aroma de flores
confluindo com a doçura constante dos poentes.
Do teu sangue -
florescem crisântemos.
Sim! Eras tu!
- A primavera que eu esperava.
2 Comments:
oi ana! tudo bem!
vc apagou os scraps do orkut?
tinha perdido vc de vista, mas achei nos coments dos desterrados. uma história interessante sobre trepar com o capeta rss
qual seu email?
vc manda pra mim que te mando material!?
beijos, gi
giselle.marques@uol.com.br
bela.
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