Maria Carpi

Do Livro de Poemas
"As sombras da vinha"
Vinhador, antes de te amar
eu já te amava. O tempo
não ficou saciado com a poda
dos ramos na primavera.
Antes de percorreres a sebe
do corpo e me despires
das páginas, acrisolando
o maduro, eu já te amava.
Afundando-te as raízes
no indecifrável e regando-te
com meu moinho d'água
eu já te amava, sem moderação,
sem reserva. A secura sabia
dos sumos, eu já te amava.
Antes de me dares o fruto.
eu já te amava. O tempo
não ficou saciado com a poda
dos ramos na primavera.
Antes de percorreres a sebe
do corpo e me despires
das páginas, acrisolando
o maduro, eu já te amava.
Afundando-te as raízes
no indecifrável e regando-te
com meu moinho d'água
eu já te amava, sem moderação,
sem reserva. A secura sabia
dos sumos, eu já te amava.
Antes de me dares o fruto.
1 Comments:
Oh Maria queria que o meu tempo
não tivesse sido saciado com a poda
dos ramos na primavera.
Talvez esteja melancólica hoje!
Provavelmente amanhã voltarei a pensar que podar é apenas fazer renascer a fibra da vida mais firme e forte.
Ana Cristina.
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