Ana Cristina Souto

Naufrágio lunar
Sonhar às vezes, me faz bem.
Sonho e escrevo sob as estrelas
Cintilam-me as idéias;
- Quase singelas/
Quase afãs.
São faróis nos meus desatinos mais lúcidos.
Às vezes, têm um brilho incandescente
A retalhar-me o íntimo.
Outras, são minha luz no fim do túnel.
Algumas nada mais que o brilho de vaga-lumes
Não desejei amar os astros,
mas amei você!
Grande quimera!
Meus sonhos não te trazem a mim.
Eles me afastam de todos os planos.
Mas de certo, posso dizer:
- Ser estrela cadente no meu mundo terreno
Me traz a sorte de ter feito um pedido
e ter a nítida sensação de que ele foi atendido;
Se em vão,
eu não sei!
Mas me trouxe de volta a fortaleza
- de sinalizar outras naus.
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