28 abril 2007

Ana Cristina Souto


Mel

Quando suavemente deslizaste
as mãos afastando a franja que revelaram
o mel do meu olhar
- que douram a tua fronte -
lamentei pelos beija-flores;
que só a ti cedi o pólen
ao beijares a pele da minha córnea.
Ante às trevas encontro a luz do teu olhar!
Eu te sorvo onde o amor reside...
Tu me fizeste maior;
melhor do que jamais poderia eu ser.


Silêncios comedidos, gritos, tantos sons irreverentes.
Nossos sonhos??!!!
- Jamais acorde-os!
Avante a sonhá-los.
Ah! Essas alegorias da realidade:
Mesmo sabendo que virás;
pela fresta da janela,
espreito à tua chegada....

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Pequeninos reveses
que teimaram em ruir nossas vidas...
Somos rochas; tais ondas não nos destruíram
a atmosfera ao nosso redor - tudo suporta
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Teu corpo / o meu desejo.
Tua alma / os meus sentidos.


Bebamos nosso amor num copo de mar!
Ah! Esses lábios de hortelã
que beijam a minha poesia
nas páginas de vida nova
no livro do nosso tempo...


Você é a soma das minhas decisões;
Que sejam doces
os nossos destinos e desafios;
Como a colméia dos meus olhos.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

seus olhos veêm várias imagens onde há somente uma?
e ainda consegue materializar tantas homenagens...

05 maio, 2007 07:19  
Anonymous Anônimo said...

Prismo o olhar...

De soslaio enxergo as outras coisas... oásis, enfim...

Ana.

05 maio, 2007 12:05  

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