Ana Cristina César
SAMBA CANÇÃO
Tantos poemas que perdi,
Tantos que ouvi, de graça
pelo telefone - taí,
eu fiz tudo pra você gostar,
fui mulher vulgar,
meia-bruxa, meia-fera,
risinho modernista
arranhado na garganta,
malandra, bicha,
bem viada, vândala,
talvez maquiavélica,
e um dia emburrei-me,
vali-me de mesuras
(era uma estratégia),
fiz comércio, avara,
embora um pouco burra,
porque inteligente me punha
logo rubra, ou ao contrário, cara
pálida que desconhece
o próprio cor-de-rosa,
e tantas fiz, talvez
querendo a glória, a outra
cena à luz de spots,
talvez apenas teu carinho,
mas tantas, tantas fiz...
Tantos poemas que perdi,
Tantos que ouvi, de graça
pelo telefone - taí,
eu fiz tudo pra você gostar,
fui mulher vulgar,
meia-bruxa, meia-fera,
risinho modernista
arranhado na garganta,
malandra, bicha,
bem viada, vândala,
talvez maquiavélica,
e um dia emburrei-me,
vali-me de mesuras
(era uma estratégia),
fiz comércio, avara,
embora um pouco burra,
porque inteligente me punha
logo rubra, ou ao contrário, cara
pálida que desconhece
o próprio cor-de-rosa,
e tantas fiz, talvez
querendo a glória, a outra
cena à luz de spots,
talvez apenas teu carinho,
mas tantas, tantas fiz...
2 Comments:
Ana Cristina, vc é minha poeta marginal mais perfeita.
Quisera eu ser um pouco de vc!
Dorme em Paz Ana...
Ana Cristina Souto.
Calo-me diante de qualquer palavra dela. E juro...seria difícil escolher apenas um de seus escritos. Seria como escolher apenas um dos filhos. Gostei muito do seu blog, dos posts...
Te convido para visitar o meu novo blog que fiz com uma amiga, o Cinco Espinhos. Lá discute-se literatura de forma poética e você está livre para deixar seu comentário. Tem ainda uma enquete que se renova a cada semana. E mais! No Garimpo Literário destacamos um escritor anônimo semanalmente.
Abraço.
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